
Atualização: Senado do Paraguai aprova impeachment do presidente Lugo
O Senado do Paraguai condenou nesta sexta-feira (22) o presidente do país, Fernando Lugo, no processo político "relâmpago" aberto contra ele na véspera e encarado pelo governo e pela comunidade de países sul-americanos como um golpe.
O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Eram necessários dois terços dos votos dos senadores para confirmar o afastamento.
A Constituição prevê que ele seja afastado imediatamente e que o vice-presidente, Federico Franco, cujo partido recém rompeu com o governo, assuma o cargo e o cumpra até o fim do mandato.
A notícia do impeachment foi recebida sob protesto por manifestantes que ocupavam a praça em frente ao Congresso e que consideraram que houve, na verdade, um golpe contra o presidente.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/senado-condena-lugo-em-processo-politico-no-paraguai.html
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O Paraguai vive um golpe de Estado com coreografia legal, de acordo com o líder camponês Ramón Molina. A Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impedimento do presidente da República, Fernando Lugo, em rito sumário no final da manhã desta quinta-feira (21). No início da tarde o roteiro adentrava o Senado. Os prazos são curtíssimos.
A acusação está sendo feita nesta noite e a defesa deve acontecer na sexta (22). A decisão final – se nenhum fato novo ocorrer – pode ser aprovada no sábado (23).
A depender dos votos parlamentares, Lugo é carta fora do baralho. A votação na Câmara foi de 73 votos contra o governo e um a favor. A maioria dos 45 senadores – mesmo os do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), da coligação governista – quer abreviar o mandato do chefe do Executivo.
O conflito entre os representantes parlamentares da elite local e o mandatário arrasta-se há pelo menos três anos. Na raiz de tudo está a resistência de Lugo em reprimir abertamente movimentos de camponeses sem terra que se enfrentam com grandes proprietários, entre eles vários brasileiros.
Até o início da noite de quinta não havia tanques nas ruas ou violência aberta. Há – segundo ativistas locais que conversaram com Carta Maior – uma crescente resistência popular. É a grande esperança dos partidários de Lugo para manter a normalidade democrática.
Fonte: Opera Mundi e http://www.revelacaofinal.com/
Leia mais: http://www.libertar.in/2012/06/depois-dos-arabes-agora-america-latina.html#ixzz1ycwzxkuS
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