O supervírus Flame foi desenvolvido em uma parceria do governo dos Estados Unidos com o de Israel, como parte da campanha de cibersabotagem para atacar e destruir o programa de enriquecimento de urânio do Irã, de acordo com um relatório da mídia.Citando funcionários não identificados que tinham conhecimento da operação, o jornal americano Washington Post relatou, na terça-feira (19/6), que o objetivo do Flame era coletar inteligência sobre as redes de computadores do Irã, que facilitariam futuros ciberataques.
Em 1 de junho, o jornal The New York Times reportou que o Stuxnet - um sofisticado malware que, acredita-se, causou a destruição de mais de 1000 centrífugas de gás nas instalações do programa de enriquecimento do Irã, na cidade de Natanz - foi criado pelo governo dos Estados Unidos em parceria com o de Israel, como parte de uma operação conjunta chamada de Jogos Olímpicos.
O The New York Times citou fontes oficiais desconhecidas que afirmaram que, antes da implantação do Stuxnet, programas de ciberespionagem - conhecidos como beacons - foram secretamente inseridos em computadores produzidos com hardware alemão, fabricado pela Siemens e por uma companhia iraniana.
O propósito desses beacons era coletar informações sobre como os computadores de Natanz facilmente interoperavam com as centrífugas de enriquecimento de urânio, e enviavam dados de volta para análise.
Em 11 de junho, pesquisadores de segurança da Kaspersky Lab - uma das companhias de segurança que descobriram e analisavam o Flame - anunciaram que encontraram uma conexão entre o Flame e o Stuxnet na forma de código de computador compartilhado.
Baseado nessa evidência de colaboração, eles criaram a teoria de que as duas ameaças foram criadas por dois times de desenvolvimento fundados pelo mesmo grupo de crackers. O Flame foi possivelmente utilizado para espionagem e o Stuxnet para sabotagem. É o que afirmou o pesquisador sênior da equipe de pesquisas e análises globais do Kaspersky Lab, Roel Schouwenberg, na época.
O Flame foi descoberto em maio, por conta de uma investigação sobre uma série de incidentes com perdas de dados ocorridos no Ministério do Petróleo do Irã. Segundo uma fonte do Washington Post, esses ataques foram realizados em abril pela parte israelense da operação, sem o conhecimento dos Estados Unidos.
Pesquisadores em segurança do Kaspersky Lab acreditam que o Flame foi criado na primeira metade de 2008. Stuxnet foi descoberto em junho de 2010, mas a primeira variante do malware acredita-se ser de junho de 2009.
Em setembro de 2011, um pedaço separado do vírus espião - chamado de Duqu - foi descoberto. A arquitetura do Duqu e o código dele eram similares ao do Stuxnet, o que leva os pesquisadores de segurança a acreditar que as duas ameaças foram criadas com a mesma plataforma de desenvolvimento.
Fonte: IDG Now
fonte:http://ianoticia.blogspot.com.br/2012/06/estados-unidos-e-israel-criaram-flame.html
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