
As sociedades modernas buscam incessantemente estar a par de todas as inovações tecnológicas e científicas. Mas quando se trata de direitos humanos, a população tende a se retrair.
A homossexualidade é um dos temas mais complexos. Em 30 países africanos, a questão é considerada ilegal ou ignorada pelos líderes políticos. Na lista dos países contra a homossexualidade destacam-se: Somália, Mauritânia, Nigéria e Sudão. Estas nações aplicam a pena de morte para os que “escolhem” uma orientação sexual diferente daquela imposta pelas normas da sociedade.
Todas as culturas têm as suas regras e juízos de valor, mas segundo o relatório sobre a “Homofobia Patrocinada pelo Estado”, da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, o continente africano é o pior para os homossexuais. Um dos motivos pode ser a forte ligação com a religião.
Na África Ocidental, na ilha de São Tomé e Príncipe, a união entre pessoas do mesmo sexo também é improvável. “A homossexualidade é vista como uma doença, como pecado. É impensável ver dois homens se beijando.”, afirmou a jornalista, apresentadora do jornal das 8, da TV estatal de São Tomé e Principe, Katya Aragão.
Porém, existem países onde a homossexualidade não é debatida pelo governo, como acontece na Angola. De acordo com a legislação angolana, o relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo pode ser punido como um ato imoral. Mas “a sociedade não vê a homossexualidade como crime” disse o engenheiro Pedro Cunha.
Em Angola, a comunidade gay é chamada de “nova praga”. “Só agora ela foi aceita pela população”, disse Pedro Cunha, que vive em Angola. Mas, de acordo com a artista A. Jordão, “os angolanos prefeririam proibir a homossexualidade – o que já não é possível”.
Atualmente, há rapazes com maquiagem e salto alto pelas ruas de Luanda. “Em Angola, nenhum pai aceita ter um filho homossexual em casa. Por isso, todos os que se assumem são expulsos. Eles são considerados a vergonha da família. Mesmo que o pai saiba que a filha é lésbica, ela será obrigada a se casar com um homem.”, conta A. Jordão.
Um dos únicos países da África cuja constituição reconhece o direito à união de casais do mesmo sexo é a África do Sul. Desde o fim do Apartheid, a nação possui a constituição mais avançada do continente.
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