
Moscou fará todos os esforços para impedir uma intervenção estrangeira contra Damasco. A Rússia continua imponente com a sua posição de defender a soberania síria na decisão do conflito que se estende a mais de um ano. Perguntado sobre os esforços do ocidente para que Bashar al Assad deixe o poder, o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, disse que muitos sírios amam seu presidente, deixando claro a posição de Moscou.
Na semana passada a mesa de negociação da ONU foi palco de uma disputa acirrada entre a Rússia e as potências ocidentais sobre a votação das sanções contra a Síria.
Na coletiva de imprensa o chanceler russo, disse que o Ocidente está chantageando a Rússia para que aceite as sanções propostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o regime de Assad. “Lamentamos muito, mas vemos elementos de chantagem”, disse o chanceler. “Se nossos parceiros decidirem bloquear nossa resolução a qualquer custo, então a missão da ONU não terá um mandato e terá de deixar a Síria. Isso seria uma pena”, concluiu.
As declarações de Lavrov foram feitas antes da visita do emissário especial da Organização das Nações Unidas, ONU, e da Liga Árabe, Kofi Annan à Rússia nesta semana. Essa foi a segunda visita de Annan ao país. O emissário se reuniu com o presidente russo Vladmir Putin na esperança de tentar persuadir a Rússia, a endurecer seu posicionamento em relação à crise na Síria que já dura 16 meses. A pauta da reunião era reforçar o pedido do ocidente para que Moscou ajude a impedir o agravamento da violência na região. Mas as autoridades russas deram sinal vermelho para qualquer mudança de direção. Moscou não vai mudar seu posicionamento e vai continuar apoiando o regime sírio.
Em nota, o Kremlin mostrou-se fiel a sua posição em relação à crise síria e contrário a qualquer intervenção estrangeira no país. “Durante o encontro [entre Kofi Annan e o presidente Putin], planeja-se confirmar uma vez mais o apoio da Rússia ao plano de paz de Kofi Annan sobre a regularização político-diplomática da crise na Síria.[...], [O governo russo] parte do princípio de que esse plano é a única plataforma viável de solução dos problemas internos sírios”. diz a nota.
Rússia e China, que possuem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU são contrárias à medidas mais brandas contra o regime de Assad.
IAnotícia
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